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Os números de 2015

1 jan

Meu 2015 foi muito produtivo em vários sentidos, porém o Bloquinho – ao menos este aqui, virtual – esteve abandonado por motivos de força maior – e que força! :D. Em 2016, quem sabe, ele volte a funcionar. Deste jeito ou de cara/formato novo. Assim como o champanhe, ideias também estão borbulhando neste começo de ano.

Aguardemos…

 

Os duendes de estatísticas do WordPress.com prepararam um relatório para o ano de 2015 deste blog.

Aqui está um resumo:

Um bonde de São Francisco leva 60 pessoas. Este blog foi visitado cerca de 480 vezes em 2015. Se fosse um bonde, eram precisas 8 viagens para as transportar.

Clique aqui para ver o relatório completo

Colapso nervoso

1 out

(7:00 am- Telejornal)

– Bom dia filha! Viu que em São Paulo um assaltante entrou armado em uma loja, rendeu os funcionários, roubou uma quantia enorme em dinheiro, feriu a moça atendente, os seguranças reagiram, ele baleou um na perna e outro está em coma. Daí ele fugiu de moto, no caminho sequestrou uma velhinha, ela bateu nele até ele soltar e ela voltou para casa ilesa, de bicicleta? Nossa, é cada história neste jornal, né?

– Bom dia, mãe.

-Oi, filha, como foi ontem? Tua mãe te deixou o recado que tu tem que ligar para a Bia? É a segunda vez que ela liga. Não esquece de ligar, tá? Ontem um cara entrou em contato comigo a respeito do anúncio, ele vai marcar uma visita e eu quero que tu coloques na internet também que…

– Bom dia, pai.

(No trabalho)

(Caixa de entrada – 26 mensagens não lidas).

“Acho que o assunto do teu TCC é muito relevante, mas a abordagem precisa de…”

“Release…, “Obrigada, Karine! Tem mais fotos?”

“Matrícula do curso de Jornalismo Digital realizada com sucesso realizada com sucesso. Inicio em 06/10.”

“Izabel ha hecho um comentário en la tarea de Seminários de Estudios Avanzados…”

“Sua inscrição no curso de extensão em Jornalismo Investigativo foi confirmada, confira a….”

“Contratante do Freela …  enviou uma mensagem para você…”

“Karine, inclui na matéria do evento de sexta a…”

– “Hemos tenido poco tiempo para desarrollar los temas pertinentes a una lectura profunda del libro, pero…”

(Mais tarde)

Reforma- barulho- barulho-reforma

– Foca no TCC, foca…

 

(Um pouco mais tarde)

-Oi, deixei uns papeis aí na tua mesa. Envia o quanto antes que eles já estão esperando. Também tem que providenciar todos os…

– Ok.

– …Ah, já ia esquecendo, tem que rever a programação porque as duas primeiras atividades serão alteradas…

– Tá.

-Karine, eu estava olhando o material e faltam os dois últimos eventos. Eu quero aquela foto mais de perto que ficou melhor. O texto está bom, mas poderia dar mais ênfase na fala do…

(Faculdade número 1)

– E o TCC já definiu?

– Ah, Ka! Sério que tu não vai poder…?

-É.

É a terceira vez que tu desmarca com ele, esse cara vai desistir de ti.

– Azar o dele.  

– E aí, já fez os oito artigos do Miguel? Que cara doido, oito artigos!

-…

(Faculdade número 2)

-Temos que gravar o vídeo, passo na tua casa mais tarde…

– Recuerden que tienen hasta mañana para culminar la tarea del tópico 8: ¿Existe relación entre las cuestiones propuestas a partir del texto con la…

-Oi, guria! Vamos fazer a atividade de Análise juntas?

-Karine, aunque no sea evaluativa, es importante realizarla como ejercicio de producción escrita y análisis del texto…

(Horas depois)

– Boa tarde, estou ligando para remarcar sua consulta. Constatamos que é a terceira vez que você não comparece…

-E aí, Ka. Já viu da tua garganta. Vai ter que operar?

-Vamos sábado, vai estar legal!

– Eu te enviei minha parte do seminário, só falta a tua…

– Conseguiu a entrevista?

-Posso contar contigo para as fotos, né?

– O entrevistado cancelou, Karine. E agora?

– Karine. Kariiiiiine. Karineeeeeeee. Cadê ela?

Karine não teve um colapso nervoso, ela só saiu caminhando sem rumo e a última vez que foi vista estava subindo o monte Kanchenjunga com as roupas esfarrapadas, cantando um mantra Hare Krishna.

 

Está tudo bem…

Bicho-carpinteiro

26 ago

Desde criança eu sempre gostei de criar. Não importa o que, apenas fazer as coisas com as minhas mãos e mente. Sempre tinha a casa cheia de amiguinhos, mas caso não tivesse poderia brincar horas e horas sem tédio. Minha imaginação e eu. Criava de navios piratas a restaurantes de luxo. Sem contar no programa que ‘apresentei’ durante quase toda minha infância – o ‘Big Show’. O nome não era muito original, mas tinha até microfone personalizado que eu fiz a partir de um suporte de sombrinha (!) e telepromter  –  uma caixa com o texto que eu tinha que falar todo enrolado. Na época eu nem sabia o nome daquela engenhoca, mas estava lá.

Minha mente sempre foi hiperativa. Desde que me entendo por gente dou conta e gosto de fazer várias atividades ao mesmo tempo. Não consigo ficar parada. As poucas vezes que paro totalmente o que estou fazendo acredito que é quando estou dormindo. Se bem que meus sonhos às vezes são tão reais que até parece estou fazendo aquilo que ronda meu inconsciente.

Quando eu era criança me diziam que eu tinha um ‘Bicho-carpinteiro’. Durante bastante tempo me questionei o que seria esse tal bicho. Me diziam também que não negava que eu era neta da Dona Ernesta, uma referência à minha avó materna, Ernestina, que tinha a personalidade muito parecida com a minha. Inventiva, encontrava soluções para tudo e sempre tinha um jeitinho para resolver de forma prática as situações do dia-a-dia.

Pois bem, mais tarde vim a saber que quem tem o tal ‘Bicho-carpinteiro’ são essas pessoas que nunca ficam paradas, que não conseguem passar um dia sem ‘inventar uma moda’. Segundo o Houaiss, ‘Bicho-carpinteiro’ é o nome popular e genérico de “diversas espécies de besouros, especialmente das famílias dos buprestídeos e cerambicídeos, que durante o estágio larvar brocam troncos e cascas de árvores”. A ideia da expressão é propor uma metáfora, de que, a pessoa inquieta tem sob a pele, assim como as árvores têm sob a casca, as larvas desses insetos a se remexer constantemente, causando cócegas e não dando sossego. Portanto, o termo é usado para definir pessoas irrequietas, agitadas, desassossegadas ou que não sabem esperar sua hora.

Me identifico. Gosto de ‘inventar moda’ como dizem lá em casa toda vez que estou fazendo algum trabalho de criação – nome bonito para coisas que eu invento. Gosto também de presentear as pessoas com objetos, decorações e textos criados por mim. Na minha adolescência fiz diversos artigos decorativos com aquele quê de Karine. Um toque muito mais que pessoal ou autoral: um toque confidencial.  Onde punha tudo dos meus sentimentos, minhas vontades. Fiz desde tapete de retalhos amarrados, uma linda cortina de pedrinhas e muitas colagens que estamparam caixas, pastas, envelopes de cartas e tantos outros, até poemas, crônicas e rabiscos, alguns que guardo até hoje.

Ultimamente meu ‘Bicho-carpinteiro’ reapareceu depois de um tempo adormecido, com toda a energia. O que começou com uma pinturazinha aqui e uma colagenzinha ali para aliviar o stress e a tensão, passaram a ser uma necessidade. Não passo muitos dias sem ‘inventar uma nova moda’.

Esses dias estava assistindo um quadro de um programa de televisão que ensina a criar, o estilo Do it Yourself e minha mãe lançou essa:

 – Ai, aposto que essa será mais uma das tuas criações, né? Para sorte dela e da família toda, pois transformei o quarto de visitas da minha casa em uma oficina- atelier, eu não gostei da ideia.

Mas, de qualquer forma, acho bom nutrir esse bichinho inquietante e criativo que existe dentro de mim. Se não fosse assim, eu não seria tão eu.

45 dias de suspense

15 jul
Há tempos venho pesquisando sobre o ‘Mestre do Suspense’, suas técnicas cinematográficas que prendem o espectador com os olhos fixos na tela com as melhores e mais refinadas tramas. Terror sutil, perspectivas de câmera inovadoras para época, fixação por loiras e manias, manias, manias (não sei por que, mas me identifiquei um pouco…).
No dia 21 de junho não aguentei a curiosidade, deixei alguns afazeres de lado e decidi começar a assistir a filmografia de Alfred Hitchcock. Missão não muito fácil, porque alguns filmes estão fora de catálogo, outros se perderam no tempo. Porém vou assistir somente os filmes que Hitch atua como diretor, excluindo os primeiros mudos do início da carreira, década de 20, quando ele atuava como designer de títulos, diretor de arte e diretor assistente. São 78 obras no total, incluindo estes primeiros, alguns curtas-metragens e 17 episódios que ele dirigiu da série Alfred Hitchcock Presents, que foi ao ar de 1955 a 1961 e os episódios dirigidos por ele das séries The Alfred Hitchcock Hour, “I Saw the Whole Thing” (1962), “Four O’Clock” (1957) da série Suspicion e “Incident at a Corner” (1960) da série Startime. Além do documentário sobre o Holocausto “Memória dos Campos” (1945). Então, excluindo os de direção de arte e direção assistente, tenho 61 filmes e 19 episódios para assistir.
As obras de Hitchcock atravessaram o tempo, até hoje são referências no gênero e inspiram novos cineastas (que claro, nunca terão a genialidade de Hitch, but…). Muitos dos filmes são considerados grandes clássicos do cinema mundial. Sem falar na fotografia deles, que certamente merecia um prêmio à parte. O gordinho simpático (se bem que há quem pense o contrário e não o considere tão simpático assim) foi um cara ousado para época, trouxe para as telas muitas inovações e causava um reboliço com os críticos daquele tempo, ao apresentar cenas de beijos com mais de três segundos (oooh!) e nudez parcial.
Do primeiro dia até hoje consegui assistir 13 obras (número significativo!). Ao contrário da maioria dos fãs de Hitchcock, eu preferi começar pelos filmes menos badalados (somente Os Pássaros que eu não resisti e acabei olhando antes). E engana-se quem pensa que por ser o ‘Mestre dos Suspense’ é fácil encontrar seus filmes. Claro que os mais famosos como Psicose (1960), Os Pássaros (1963) e Um Corpo que Cai foram fáceis, e quase todos os filmes mudos da carreira de Hitchcock são de domínio público e estão disponíveis na internet, porém alguns do período inglês tive que buscar em sites especializados, alguns comprei, outros consegui baixar da internet. Meu maior problema foi encontrar os longas-metragens com legendas em português. Tive sorte, pois muitos dos filmes do cineasta estão disponíveis em idioma espanhol, o qual entendo bem.
A meta é, até o final das minhas férias de inverno, que vão de 21 de julho a 04 de agosto ter assistido toda a filmografia. Mas sei que é pouco tempo. Para me motivar – se bem que nem precisa muito, pois as obras por si só são tão interessantes que deixam sempre com vontade de assistir outro e mais outro, fiz uma espécie de TOP 13, em ordem de preferência, por sinal, contrariando ordem de preferência da maioria dos outros fãs de Hitch.
Top 13 Hitchcock 
 
1- Psicose
2- Os Pássaros
3- Interlúdio
4- A Dama Oculta
5- Quando Fala o Coração
6- Os 39 Degraus
7- Correspondente Estrangeiro
8- Festim Diabólico
9- Rebecca, a Mulher Inesquecível
10- Agonia de Amor (O Caso Paradine)
11- A Estalagem Maldita
12- The Pleasure Garden
13- Mulher Pública
Depois que assistir todos os filmes da meta, farei um post do Top 10 da carreira de Hitchcock e quem sabe até coloco aqui os traillers oficiais e uma pequena resenha de cada um. Mas isso é assunto para beeem mais adiante.

Rabiscos de guardanapo

10 jul

Tem dias que acordo com tanta ideia, mas tanta ideia na mente que passo o dia como se estivesse em outro planeta. Dentro da minha ‘bolha’.  Cultivo minhas bobagens que sei que só cabem no meu mundo. Mas pelo menos ali elas cabem, só são bobagens para os outros. Em dias assim, se é que é possível, fico ainda mais distraída do que normalmente. ‘Avoada’ é a palavra que costumam me dizer. Dias que nem sei por onde começar, só sei que preciso começar. Já!

É uma inquietação tão deliciosa, que leva para algum lugar. Eu sei que leva.

Hoje é um dia desses. De planos, de vontades. De perceber que aquilo que parecia tão distante agora bateu à minha porta.

Decidi trocar o ‘será?’ pelo ‘sem dúvida!’ e colocar em prática antes que eu seja tomada por essas ideias e não consiga mais voltar à realidade.

Se bem que viver fora da realidade às vezes é bem mais divertido…

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