Arquivo | abril, 2014

CRAS promove “Tarde do Embelezamento”

18 abr
Abordando a questão da autoestima feminina após a maternidade, o grupo de mães de crianças de 0 a 6 anos do Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos- SCFV do CRAS- Centro de Referência de Assistência Social, vinculado à Secretaria do Trabalho, Habitação e Assistência social, participou na tarde de ontem (16) do “Tarde do Embelezamento”. Tratando de assuntos importantes entre as mulheres, como o resgate da valorização de si mesma e do sentir-se bonita, muitas vezes deixados de lado com a correria do lar e da vida materna, a ação ocorreu no CRAS- Oficinas (Rua 3 de outubro, nº 43, Centro).
“Alemoa” foi a primeira integrante do grupo de mães a ganhar um novo visual

As mães do grupo de convivência foram presenteadas com uma tarde especial, com direito à manicure, cabeleireira e dicas de beleza. A ação só foi possível graças à contribuição voluntária da cabeleireira Makuka, que prestou seus serviços de cortes de cabelo, penteados e delineamento de sobrancelhas e da manicure Tamires Eberhardt da Silva que junto com suas alunas da oficina de Manicure e Pedicure do CRAS, Ana Carolina Branco, e Suelen Arruda da Silva deixaram mais bonitas as mãos das mulheres. Para Ana Carolina, 18, que terminou o curso em dezembro passado, a tarde foi muito especial para ela que depois de ganhar experiência em salões de beleza, agora trabalha como manicure em casa.
Com luvas e material esterilizado as manicures garantiram segurança e beleza às mulheres

As manicures voluntárias embelezaram as mãos das usuárias do SCFV
A cada tesourada uma nova percepção de si mesma ia aparecendo diante do espelho. Ao longo da tarde elas foram redescobrindo a beleza que cada uma carrega consigo. Ao final da atividade era possível ver no rosto de cada uma delas a satisfação de se enxergar sob uma nova ótica. Eraclides Hoffmann Celistra, 47, a “Alemoa” como prefere ser chamada, foi a primeira a cortar os cabelos. Enquanto as outras ainda estavam “criando coragem” ela, decidida, enfrentou a tesoura e aprovou o resultado. “Gostei do meu novo visual, há tempos estava querendo cortar e agora aproveitei”, contou ela exibindo o novo corte de cabelo e as unhas ainda frescas de esmalte.
Entre um cuidado e outro nos filhos elas tiraram um tempinho para olhar para si
Depois do embelezamento um nova forma de se olhar foi refletida no espelho 


A “Tarde do Embelezamento” foi coordenada pela equipe técnica do CRAS: a psicóloga Aldri dos Santos Matos e a assistente social Aline Roloff Schäffer. Aldri falou sobre as motivações que levaram a oportunizar a atividade. “Ações como essa lembram as mães como é importante cuidar de si mesmas, que a autoestima é alimentada pelo amor próprio e que a aparência é relevante perante a sociedade, a família, os filhos…”
Nas unhas as cores alegres refletem o alto-astral de sentir-se bonita


*Texto e fotos: Karine Klein/ Assessoria de Imprensa SMTHAS

Chile- Um país delineado pelo deserto*

13 abr
Há algumas postagens contei para vocês um pouquinho do meu encanto ao descobrir o Peru, relatando o passeio no Lago Titicaca e nas Islas Flotantes de los Uros. Desta vez vou falar como foi conhecer o Chile. O que mais me chamou a atenção nesse país, nos lugares por onde passei e nas pessoas que conheci, foi a forma receptiva com que tratam os forasteiros. Porém o lugar que escolhi não foi propriamente onde conheci pessoas, mas sim um lugar que me deixou estupefata diante da imensidão e beleza. O Deserto de Atacama.
No meio do deserto tinha uma mão…
A Mão do Deserto torna o Atacama uma parada obrigatória no Chile
O Deserto de Atacama tem cerca de 200 Km de extensão e é considerado o mais árido e alto do mundo. Fica no norte do Chile até a fronteira com o Peru. Uma das atrações dele é La Mano Del Desierto, uma escultura com 11 metros de altura, que fica a 75 km ao sul da cidade de Antofagasta, na Rodovia Pan-Americana.
A Mão do Deserto feita pelo artista chileno Mario Irarrázabal foi confeccionada a base de ferro e cimento e inaugurada em 28 de março de 1992. Alguns consideram como intenção de Irarrázabal retratar um gigante saindo da terra, outros afirmam que a ideia era representar uma pessoa em meio a uma tempestade de areia, quando somente uma das mãos ainda não estava soterrada. Histórias a parte, o que se sabe ao certo é que La Mano Del Desierto é um monumento grandioso e impactante que chama ainda mais a atenção e aguça a curiosidade de quem avista, por ser o único ao longo de muitos quilômetros de areia.
No alto dos seus 11 metros “La Mano Del Desierto” encanta turistas de todo o mundo
Infelizmente, muitos que passam pela mão, além de levar como recordação as fotos tiradas lá, deixam também marcas desagradáveis, como as pichações. Porém, nada disso interfere diante da originalidade da obra, que torna o Atacama um local ainda mais interessante e prova que se pode fazer arte até no deserto!
Na próxima postagem de viagem, chegamos à Argentina. Continue acompanhando!
Depois de percorrer muitos quilômetros só vendo areia, de longe ela chama a atenção pela originalidade

* Este relato de viagem foi publicado na edição de abril da Revista Usina da Cultura, confira matéria na íntegra no blog:
http://www.usinadacultura.com/index.php/se%C3%A7%C3%B5es/pelo-mundo/item/403-chile-um-pa%C3%ADs-delineado-pelo-deserto.html

E em PDF: http://www.usinadacultura.com.br/PDFs/Revista-Usina-da-cultura-abril-2014-web.pdf

**Texto e fotos: Karine Klein

O blusão amarelo queimado

10 abr
Ele esteve presente nos principais acontecimentos da família. Nos nascimentos, batizados, aniversários, formaturas. Presenciou os grandes dias da nossa história. Podia saber: tinha um evento de família, lá estava ele, ornado pela gola de uma camisa muito bem passada, o velho blusão amarelo queimado do meu pai. Certamente com mais de 20 anos, talvez muito mais, um certo dia ele foi tricotado pela minha mãe. Não se sabe por que motivo. Talvez um presente em alguma data comemorativa?
No álbum de fotos, não fosse pelos cabelos do pai irem ganhando tonalidades cinza até ficarem grisalhos, daria para dizer que cada momento registrado nas imagens aconteceu no mesmo dia, porque muda o cenário, mudam as pessoas, as crianças já não são mais crianças, mas o blusão… ah, o blusão é sempre o mesmo! Suéter, corrige alguém. O nome certo é suéter! Ah, deixa pra lá. Aqui no sul chamamos de blusão e ponto. E não fosse pelo clima pouco propício aos calores, com invernarias que duram meses, talvez o blusão não estivesse presente em tantos dias importantes.

Ainda na década de 90, durante a missa de Crisma da filha mais velha


O velho blusão amarelo queimado acompanhou o passar de três gerações. Ele esteve lá, no dia que eu me batizei, no dia que minha irmã se crismou, e também quando nasceu o primeiro neto dos meus pais. Mas não se engane caro leitor, não pense que o tempo não deixou marcas nele. A cor segue a mesma, como se tivesse sido tricotado ainda ontem, porém em alguns pontos aquelas bolinhas típicas de roupas de lã, podem ser percebidas. Talvez o dono goste tanto da peça exatamente por ela trazer as recordações dos momentos mais importantes de sua vida, de nossa vida. Como se a alegria vivida num dia inesquecível fosse possível ser eternizada na roupa e como se cada fio de lã entrelaçado representasse os muitos dias vividos e o próprio emaranhado de emoções que é a nossa existência. Cada laço que as agulhas juntaram é como um de nós, que o destino uniu e fez caminhar na mesma direção. As marcas que já tomam os fios tricotados são como as que a vida deixa na gente. Umas boas, que dão certo charme e uma aparência de experiência, e outras nem tanto, essas são as que desgastam a malha assim como o tempo faz com o rosto quando aparecem as primeiras rugas.

O blusão faz parte de momentos especiais da família, na foto acima ele esteve presente no dia da prova de toga para a formatura da mãe 


Hipóteses à parte, quem sabe o dono do blusão apenas o vista porque sabe que fica muito bem apessoado dentro dele, com pinta de galã de cinema, ou só porque é bem teimoso mesmo e ignora a insistência da mãe para ele ir com outra roupa. Não adianta, Seu Cizinho gosta mesmo é do velho e bom companheiro de sempre, aquele que aquece e é tão versátil que não pode ser abandonado no armário como outra roupa qualquer. O que se sabe ao certo é que no próximo evento social da família, sem dúvidas ele estará lá, resistindo bravamente ao tempo e aos percalços da vida. 

Durante uma comemoração do Dia dos Pais, em 2011


Também presenciou a espera pela chegada do primeiro neto

…e o momento que ele e o avô se conheceram

Olha o blusão mais uma vez aí, agora no batizado do neto

E alguns anos antes na formatura da primogênita

Esse blusão tem história! 


Texto: Karine Klein
Fotos: Arquivo pessoal
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