Arquivo | março, 2014

Uma forma de amar as pessoas

25 mar
Esses dias li em algum lugar que cozinhar é uma forma de amar as pessoas. Achei essa frase linda pela simplicidade e por toda a verdade contida nela. Lembrei quase que instantaneamente da minha avó materna, das comidinhas gostosas que ela fazia e de como sentia prazer em ver todos ao redor da mesa, sempre cheia. Lembrei da minha mãe, que diariamente alimenta a família. Neste momento me veio à mente as cenas de quando era criança e ficava em volta do fogão, curiosa, vendo o que a mãe preparava. Pensei nas minhas tias, todas muito dedicadas à culinária. Nas novas gerações, não faltam exemplos também; minha irmã e minha madrinha que são ótimas na cozinha e sempre surpreendem com algo delicioso. Lembrei também de um ex-namorado que adorava cozinhar e inventar pratos novos. Daquele cheirinho maravilhoso de uma lasanha à Bolonhesa no forno, o gosto surreal do meu doce preferido, huuuum… Que sublime arte! Que verdadeiro gesto de carinho é cozinhar para os outros! Mas a cozinha não é um lugar para todos, ou melhor, para qualquer um.
Durante muito tempo eu bem que tentei. Numa época que só estudava, diariamente eu cozinhava para minha família. Religiosamente, de segunda à sexta-feira o almoço lá de casa era comigo. Coitados! Eu me esforçava, pedia dicas para as experientes cozinheiras que conheço, para que meu arroz não parecesse um purê de grãos brancos, ou então para que os bifes não ficassem com a consistência de uma borracha e, quem sabe um dia, numa remota hipótese acertar a maionese. Minha irmã, muito apoiadora que sempre foi, dizia que eu praticava um esporte toda vez que ia fritar batatas: “arremesso de batata ao óleo”. E insistia que o azeite não ia avançar sobre mim se eu chegasse mais perto e que um pouquinho mais de jeito era só o que me faltava. Iludida. Na verdade o que me faltava, falta até hoje, é um caminhão de jeito para cozinha.
Então chegava o meio dia e um suor frio percorria meu corpo, era a hora do veredito! Meus pais animados por terem tão prendada filha se serviam ansiosos. A cada colher que ia da panela ao prato, meus dedos tremiam, cada vez que diziam “isto deve estar ótimo, a cara está boa”, eu gelava. Então chegava o momento decisivo: a primeira garfada. Quem, assim como eu, gosta de comer bem e sabe apreciar um bom prato, sabe; a primeira prova da comida já entrega o que está por vir. Por mais que seja necessário experimentar atentamente, com paciência e apreciando bem o gosto, dificilmente a sensação inicial que se tem muda depois de diversas garfadas.
Então eles mastigavam e mastigavam e nada. Eu, impaciente não me contive:
– E aí? Como está? O que acharam?
Meu pai se apressa em dizer que está tudo muito bom, que tal comida ficou bem temperada, ótima, etc, etc. Minha mãe é um pouco (pouquinho) mais sincera. Também diz que tudo está muito gostoso, mas tal prato podia ter menos sal, o arroz tá meio “papa” e a carne queimou um pouquinho. Fora isso está perfeito.
Fora isso, fora a comida toda estar intragável…
Eles bem que tentavam disfarçar, se serviam várias vezes, faziam cara de felizes, mas no fundo eu sempre podia ver, o almoço descia empurrado.
Enfim, eu juro que eu tentei! E hoje… desisti! E o melhor de tudo: não carrego mais a culpa de não saber e de não gostar de cozinhar!

Portanto digo e repito: no meu caso NÃO cozinhar é uma forma de amar as pessoas. É o maior gesto que eu, toda atrapalhada, posso dar como demonstração do meu amor por alguém.
*Texto: Karine Klein
Foto: Reprodução Internet

Uma tarde cor-de-rosa

8 mar
Secretaria do Trabalho, Habitação e Assistência Social promove comemoração ao Dia Internacional da Mulher
Elas buscam mais que respeito. Idealizam um mundo com a graça que trazem consigo e buscam inspiração no amor que está em sua essência. O dia delas é todo dia, mesmo assim, a Secretaria Municipal do Trabalho, Habitação e Assistência Social dedicou uma tarde especial àquelas que conciliam força e delicadeza: as mulheres. Ocorreu na última sexta-feira, 7, no auditório Padre Rui Boza, em São Francisco de Paula, um encontro em comemoração ao Dia Internacional da Mulher. A programação apresentou atrações variadas que fizeram o público feminino rir e se emocionar.
Mulheres de todas as idades comemoraram o seu dia com a SMTHAS

Com bom humor e descontração “A Encalhada” encara os dilemas de uma mulher que já passou dos 30

Abrindo a cerimônia “A Encalhada” divertiu as mulheres, com roteiro e atuação de Lisiane Berti. A peça teatral mostrou, de maneira engraçada, um pouco dos dilemas femininos, como a cobrança da sociedade para que se tenha um corpo perfeito, um par romântico e também a questão da idade. Para Mônica Blauth, 16, estudante do curso Normal, o teatro foi interessante, pois “trata de assuntos que nós vivemos no dia-a-dia e usa a mesma forma de falar que nós, meninas usamos”. Depois de 40 minutos de muitas gargalhadas, foi a vez de refletir sobre “As Conquistas da Mulher ao Longo dos Tempos”, palestra das psicólogas Aldri dos Santos Matos, do CRAS- Centro de Referência de Assistência Social e Aline Gomes dos Reis, do CREAS- Centro de Referência Especializado de assistência Social, ambos vinculados à SMTHAS.
Falar sobre as conquistas das mulheres pode parecer algo que todo ano no dia 8 de março é falado, porém ainda há muitos fatos a serem pensados e debatidos. A condição feminina melhorou, sem dúvidas. Hoje temos diversas representantes que conquistaram estima e autonomia e agora ocupam altos cargos. Mas ainda existe a necessidade de combater diversas desigualdades que as mulheres sofrem, sejam atos que as ferem tanto física quanto emocionalmente. Dona Maria da Conceição Carvalho de Oliveira, 70, presidente do Conselho Municipal do Idoso é de uma geração em que as mulheres eram criadas para serem boas esposas e boas mães. E somente isso. Com o passar dos anos pôde observar uma transformação. “A mulher hoje está diferente, temos muitas lideranças, conquistamos um espaço que antes não tínhamos”, reflete.
A tarde festiva seguiu com um número musical das crianças e adolescentes atendidos no CIS- Centro Integrado Social, que levaram canções acompanhadas na gaita e no violão pelos educadores sociais Luís Fernando Ribeiro Herrmann e Rogério Damasceno Emerich, emocionando a plateia. Depois de muita música, um coffee break foi oferecido, com coquetel feito nas oficinas de culinária do CRAS, coordenados pela educadora social Jacqueline Nunes da Silva.
Centro Integrado Social apresentou canções que alegraram o público feminino

Mônica Blauth se identificou com os problemas vividos por “Maria do Amparo” na peça “A Encalhada”

Dona Maria da Conceição Carvalho de Oliveira observa as mudanças no perfil feminino no século XXI

Aos 92 anos Dona Elsira Reis Brito Rodrigues fica satisfeita ao perceber a autonomia adquirida com muito esforço pelas mulheres

Tânia Castilhos enxerga como fundamental a participação da comunidade em diálogos como o que foi realizado no encontro 

Lá no final da plateia, segurando uma rosa amarela que acabara de ganhar, brilhava um cabelo branquinho e bem penteado. Dona Elsira Reis Brito Rodrigues, no auge dos seus 92 anos fez questão de participar da comemoração e disse estar satisfeita de ver o quanto as mulheres estão mais independentes a cada dia.
Para Tânia Castilhos, serventuária da justiça, o encontro foi uma homenagem muito bonita. “O que vale é a lembrança e o envolvimento da comunidade”. E salientou: “acho importante o trabalho que vem sendo realizado nas oficinas do CRAS e também o trabalho desenvolvido no CREAS com os adolescentes em conflito com a lei”.
Mesmo estando em minoria no encontro, eles não poderiam deixar de render homenagens a elas. Representando a classe masculina, o secretário municipal do Trabalho, Habitação e Assistência Social, Dorgel da Silva parabenizou as presentes e pediu que cada uma abraçasse quem estivesse ao lado para comemorar a data.
Para encerrar o evento, uma equipe da Secretaria Municipal da Saúde palestrou sobre a Saúde da Mulher, abordando temas como o Câncer de Mama e do Colo do Útero e os meios de prevenção e detecção precoce.

Jovens, idosas, crianças. De todos os estilos, vindas de todos os bairros. Num instante, depois que as portas do auditório se abriram, elas coloriram e alegraram o salão. E assim acontece pelas ruas, nas grandes empresas, no comando de cargos públicos. Elas enchem de energia e vida espaços antes ocupados de forma predominante por eles.
Equipe de mulheres da SMTHAS

Mulheres de todos os estilos e lugares: assim foi a união realizada no encontro comemorativo

De mãe para filha: Dona Lidia de Fátima Bobatto Lucas e a filha Fátima Catarina Lucas cuidam o sono do pequeno Gabriel de 1 ano e 3 meses 

Equipe da Secretaria Municipal da Saúde levando informação e prevenção às mulheres

Texto e fotos: Karine Klein/ Assessoria de Imprensa SMTHAS

Conselho Tutelar de São Francisco de Paula sedia encontro regional

1 mar
Município recebeu profissionais de várias cidades da serra
Conselho Tutelar de São Francisco de Paula recebeu 17 municípios da serra durante o evento
Voltado à discussão sobre a gestão dos Conselhos Tutelares e o papel de atuação dos profissionais nesse colegiado, ocorreu na última sexta-feira (28) o 88° Encontro Regional dos Conselheiros Tutelares da Região da Serra. O evento foi realizado no município de São Francisco de Paula, no Hotel das Araucárias e contou com a participação de Conselheiros Tutelares de 17 cidades, entre elas: Caxias do Sul, Cambará do Sul, Gramado, Gravataí, Jaquirana, Maquiné, Nova Pádua, entre outras.
Prefeito municipal junto à equipe do Conselho Tutelar de São Francisco de Paula e do presidente do COMDICA
                O encontro teve como tema “Conflito Familiar e a Rede de Atendimento” e iniciou às 7h30min com o credenciamento e coffee break. Em seguida foi composta a mesa de autoridades pelos painelistas do evento, pelo prefeito municipal, Antonio Juarez Hampel Schilichting, o secretário do trabalho, habitação e assistência social, Otávio Dorgel Lenhardt da Silva, a presidente do Conselho Tutelar de São Francisco de Paula, Eliane Pereira Fogaça, o deputado estadual Miki Breier e o presidente da Câmara de Vereadores, Itamar Rosa de Leon.  Iniciou-se após a cerimônia de abertura, seguida da apresentação cultural das crianças e adolescentes usuários do CIS- Centro Integrado Social que tocaram o hino do município na gaita e no violão, acompanhados pelos educadores sociais. 
Usuários do Centro Integrado Social levaram música e ritmo ao encontro

Dr. Bruno Pereira Pereira explanou sobre a ética profissional dos conselheiros tutelares

Sr. Júlio Cesar Fontoura, conselheiro tutelar de Porto alegre, explicou sobre a rede de atendimento 

Sr. Ricardo Muzi da Silva abordou a questão da autonomia dos Conselhos Tutelares e levou sua experiência como presidente da ACTS

Sra. Daniele Guidotti fez um aparato dos conflitos familiares a partir da psicologia
Dando seguimento, houve a explanação dos painelistas: Dr. Bruno Pereira Pereira, promotor de justiça da comarca de São Francisco de Paula que falou sobre a conduta ética dos profissionais que atuam no Conselho Tutelar, salientando que esse é um órgão de proteção no âmbito administrativo, que deve ser eficiente. Dr. Bruno explicou também como deve funcionar esse colegiado. Em seguida foi a vez do Sr. Júlio Cesar Fontoura, Conselheiro Tutelar de Porto Alegre, que explanou sobre a Rede de Atendimento, reforçando que o Conselho Tutelar antes de mais nada deve zelar pelos direitos da criança e do adolescente. Nesse momento alguns conselheiros presentes na plateia expuseram sobre a importância de saber ao certo o trabalho que devem desempenhar e qual o limite dele na sociedade. Após, o evento foi aberto para debate e para a reunião da ACTS- Associação dos Conselheiros Tutelares da Região da Serra.
À tarde o encontro seguiu com a palestra da Sra. Daniele Guidotti, acadêmica de Psicologia, que expôs sobre os conflitos familiares e a forma como a Psicologia aborda cada situação. Daniele foi sucedida pelo Sr. Ricardo Muzi da Silva, Coordenador Regional e Presidente da ACTS que abordou a autonomia dos conselhos tutelares.
Participantes do 88º Encontro Regional de Conselheiros Tutelares da Região da Serra

Além dos profissionais desse segmento, o evento, realizado pela Prefeitura Municipal, pelo COMDICA- Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente e pela ACTS, contou com a presença de assistentes sociais, psicólogos e representantes de entidades, superando as expectativas da organização. Para Eliane Pereira Fogaça, presidente do Conselho Tutelar de São Francisco de Paula, a ocasião caracterizou-se como “um marco importante na conscientização da família, a fim de amenizar os conflitos e de mostrar aos adultos que a criança não precisa de discurso, e sim de exemplos”.
Segundo Girleu da Rosa, presidente do COMDICA, “o encontro mostrou a importância do trabalho em rede”. Para o presidente do órgão foi fundamental o apoio da administração municipal para realização do evento, e também dos palestrantes pelas atividades ministradas de forma clara, atingindo os objetivos.

O Encontro Regional acontece a cada dois meses, o último realizado em São Francisco de Paula ocorreu há cerca de cinco anos. O próximo encontro está previsto para o mês de abril, no município de Vacaria. 
Texto e fotos: Karine Klein/ Assessoria de Imprensa SMTHAS
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