Arquivo | DIY RSS feed for this section

Álcool, vidro e luz…

6 fev

O Bicho-carpinteiro segue sem dar descanso nestas férias. Talvez os últimos dias tenham me trazido uma certa inspiração etílica, por isso o DIY de hoje é a luminária Jack Daniels. Na internet há diversos tutorias ensinando a fazê-la. Um deles, o que motivou minha criação, apesar de não ter seguido o mesmo modelo, é bastante explicativo.

Para confeccionar a luminária foi utilizada uma garrafa de whisky Jack Daniels, luzinhas (essas de Natal) de LED, uma furadeira com broca para perfurar vidro e um pedacinho de fita isolante antichamas.

20150205_194905  20150205_195127

Como não tinha a broca especial, levei em uma vidraçaria e pedi que fosse feito um pequeno furo, do tamanho de uma moeda, na parte inferior direita. O custo foi R$ 7,00.

20150205_194920  20150205_194948

 

Em seguida lavei a garrafa pelo furo, sequei por dentro com a ajuda de uma toalhinha e de um secador de cabelos e comecei a colocar dentro dela as luzinhas, que custam em média R$ 15,00.

20150205_195840  20150205_195824

Após colocar todo o LED dentro do vidro, deixando somente a parte da caixinha das funções das lâmpadas e a tomada de fora, tapei o furo com a fita isolante e finalizei a luminária.

Ficou linda e combinou perfeitamente com o espaço, além de ter saído bem baratinha.

20150205_201356

Bicho-carpinteiro

26 ago

Desde criança eu sempre gostei de criar. Não importa o que, apenas fazer as coisas com as minhas mãos e mente. Sempre tinha a casa cheia de amiguinhos, mas caso não tivesse poderia brincar horas e horas sem tédio. Minha imaginação e eu. Criava de navios piratas a restaurantes de luxo. Sem contar no programa que ‘apresentei’ durante quase toda minha infância – o ‘Big Show’. O nome não era muito original, mas tinha até microfone personalizado que eu fiz a partir de um suporte de sombrinha (!) e telepromter  –  uma caixa com o texto que eu tinha que falar todo enrolado. Na época eu nem sabia o nome daquela engenhoca, mas estava lá.

Minha mente sempre foi hiperativa. Desde que me entendo por gente dou conta e gosto de fazer várias atividades ao mesmo tempo. Não consigo ficar parada. As poucas vezes que paro totalmente o que estou fazendo acredito que é quando estou dormindo. Se bem que meus sonhos às vezes são tão reais que até parece estou fazendo aquilo que ronda meu inconsciente.

Quando eu era criança me diziam que eu tinha um ‘Bicho-carpinteiro’. Durante bastante tempo me questionei o que seria esse tal bicho. Me diziam também que não negava que eu era neta da Dona Ernesta, uma referência à minha avó materna, Ernestina, que tinha a personalidade muito parecida com a minha. Inventiva, encontrava soluções para tudo e sempre tinha um jeitinho para resolver de forma prática as situações do dia-a-dia.

Pois bem, mais tarde vim a saber que quem tem o tal ‘Bicho-carpinteiro’ são essas pessoas que nunca ficam paradas, que não conseguem passar um dia sem ‘inventar uma moda’. Segundo o Houaiss, ‘Bicho-carpinteiro’ é o nome popular e genérico de “diversas espécies de besouros, especialmente das famílias dos buprestídeos e cerambicídeos, que durante o estágio larvar brocam troncos e cascas de árvores”. A ideia da expressão é propor uma metáfora, de que, a pessoa inquieta tem sob a pele, assim como as árvores têm sob a casca, as larvas desses insetos a se remexer constantemente, causando cócegas e não dando sossego. Portanto, o termo é usado para definir pessoas irrequietas, agitadas, desassossegadas ou que não sabem esperar sua hora.

Me identifico. Gosto de ‘inventar moda’ como dizem lá em casa toda vez que estou fazendo algum trabalho de criação – nome bonito para coisas que eu invento. Gosto também de presentear as pessoas com objetos, decorações e textos criados por mim. Na minha adolescência fiz diversos artigos decorativos com aquele quê de Karine. Um toque muito mais que pessoal ou autoral: um toque confidencial.  Onde punha tudo dos meus sentimentos, minhas vontades. Fiz desde tapete de retalhos amarrados, uma linda cortina de pedrinhas e muitas colagens que estamparam caixas, pastas, envelopes de cartas e tantos outros, até poemas, crônicas e rabiscos, alguns que guardo até hoje.

Ultimamente meu ‘Bicho-carpinteiro’ reapareceu depois de um tempo adormecido, com toda a energia. O que começou com uma pinturazinha aqui e uma colagenzinha ali para aliviar o stress e a tensão, passaram a ser uma necessidade. Não passo muitos dias sem ‘inventar uma nova moda’.

Esses dias estava assistindo um quadro de um programa de televisão que ensina a criar, o estilo Do it Yourself e minha mãe lançou essa:

 – Ai, aposto que essa será mais uma das tuas criações, né? Para sorte dela e da família toda, pois transformei o quarto de visitas da minha casa em uma oficina- atelier, eu não gostei da ideia.

Mas, de qualquer forma, acho bom nutrir esse bichinho inquietante e criativo que existe dentro de mim. Se não fosse assim, eu não seria tão eu.

Jardim de inverno

23 jul

Eu sempre gostei de mexer na terra. De literalmente por a mão na massa. Acordei na segunda-feira, 21, com uma vontade de fazer algo diferente. Aqueles dias que não se sabe o porquê, mas são mágicos. Tomei café da manhã e fui até a janela. Estava um dia como qualquer outro, porém a brisa beijou meu rosto, como um convite para sentir aquele momento com tudo que tem direito. Respirar o dia. Sentir o colorido daquela manhã, com os olhos, o olfato e o coração. Assim foi meu primeiro dia de férias. A primeira coisa que vi quando abri a janela foi uma rosa resistindo bravamente ao frio dos últimos dias. Decidi. Queria dar mais vida ao inverno. Fui plantar flores!

Não sabia onde nem como, nunca havia plantado nada antes. Porém sabia que se plantasse em algum canteiro, no solo, na primeira geada minhas lindezas morreriam. Seria trabalho perdido. Então à tarde comecei a preparar tudo. Garimpando no ‘escritório de bagunças’ do meu pai encontrei uma caixa de madeira dessas de feira, bem velha e desgastada pelo tempo. Plim! Veio a ideia! Decidi fazer, à minha moda, uma floreira para colocar debaixo da janela do meu quarto. Ali as flores ficariam abrigadas e protegidas das baixas temperaturas e durante todo o dia o sol bateria ali para aquecê-las e um ventinho para ajudá-las a ‘respirar’. Com a ajuda do pai, serramos a caixa ao meio, lavei e deixei secar. Depois de seca, em vez de lixar – queria um ar rústico, já fui logo pintando a primeira demão de tinta.

DSCF7938

O único problema de não lixar é que a madeira absorve bastante tinta e é necessário no mínimo três demãos. Usei tinta acrílica a base d’água Renner Premium, cor branca, alto brilho que é fácil de preparar até por quem, assim como eu, não tem lá muita habilidade.

Enquanto esperava os intervalos entre as demãos e a secagem definitiva da tinta, fui para parte que achei mais interessante: escolher as flores. Cheguei à Floricultura (aquela ao lado do CTG, em São Francisco de Paula) e expliquei ao senhor que me atendeu a minha necessidade de flores que se adaptassem bem a vasos pequenos. Ele me mostrou várias, explicou como deveria fazer e acrescentou que esse é um ótimo momento para plantar, pois as flores cultivadas agora abrirão logo mais, na primavera.DSCF7923

Escolhi duas mudas de Mini Amor-Perfeito (só porque achei o nome uma graça) uma amarela e outra roxa. Pimentinha Vermelha, Boca-de-Leão cor-de-rosa e Flor-de-Mel (porque o cheirinho é delicioso).

Os vasinhos também foram ao estilo Do It Yourself. Sabe o iogurte Nestlé Chandelle Sensação que tem o potinho cor-de-rosa? Pois é, os potinhos viraram vasinhos bem estilosos. Já os branquinhos são de material acrílico comprados bem baratinho no bazar Super 1,99 (aquele próximo à Livraria Miragem).

DSCF7928

Depois de plantar as flores nos vasinhos, tive que pensar no suporte para floreira, em como fixa-la junto soleira da janela. Voltei ao ‘escritório de bagunças’ do meu pai e encontrei barbantes em chicote PEAD. Juntei três pedaços e trancei, depois repeti o procedimento com mais três pedaços. De forma que fiz duas tranças de 40 cm de largura cada.

Depois de seca a tinta, amarrei uma trança de cada lado, formando duas argolas e preguei na parede.

DSCF8096 DSCF8097

DSCF8099  DSCF8115

                Antes de colocar os vasos na floreira já fixada na parede, achei que deveria identificar as flores, cada uma com uma plaquinha. Tinha em casa, não sei por qual motivo, palitinhos de picolé que na papelaria custam poucos centavos. Então peguei canetas do tipo finepen 0.4  e deixei a criatividade tomar conta:

DSCF7936

– Pimentinha: Xô Inveja;

– Boca-de-Leão: Para o sorriso ser maior ainda;

-Mini Amor-Perfeito: Porque não importa o tamanho do amor;

– Flor-de-Mel: Para adoçar a vida;

– Cacto do Campo: Para que os espinhos virem passarinhos (o cacto foi um presente que tinha há tempos, resolvi juntá-lo às flores para dar uma variada).

DSCF8100  DSCF8109  DSCF8103  DSCF8107  DSCF8106

E por fim, só coloquei as plaquinhas nos vasos e eles na floreira e ficou pronto. Meu jardim de inverno. As flores representam os bons sentimentos e a certeza de que mesmo que o clima agora esteja gelado, logo elas florescerão, ao primeiro sinal da primavera.

hombresmujeresyfeminismo

El rincón de los soñadores.

As aventuras da guria do IAPI

Blog onde a guria do IAPI compartilha suas aventuras

Serendipiando

cinema e música em foco. e palavras.